Om Alterações climáticas e produção de carne
Entre 1961 e 2009, o mundo registou um aumento contínuo da procura de carne, impulsionado pelo rápido crescimento da população, pela melhoria económica, pelas mudanças nos hábitos alimentares e pela rápida urbanização. Esta situação resultou numa melhoria da produção pecuária que, segundo as projecções, se manterá mesmo no futuro. No entanto, a criação de animais para fins alimentares foi identificada como um dos principais factores que contribuem para as alterações climáticas. À medida que mais carne é produzida para satisfazer a procura crescente, é importante compreender o seu efeito nas alterações climáticas, que continuam a ser uma ameaça à segurança alimentar. A produção pecuária contribui com 14,5% do total de gases com efeito de estufa (GEE) que têm origem directa no animal, sob a forma de emissões entéricas (39%), ou indirectamente em actividades da cadeia de valor da produção de carne, como a produção e transformação de alimentos para animais (45%), a decomposição de estrume (10%) e o abate, transformação e transporte de produtos animais (6%). A quantidade de GEE emitida na produção de carne depende do tipo de alimentação e da capacidade dos animais para digerir e utilizar os alimentos, minimizando assim a quantidade de resíduos excretados.
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