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Bøker utgitt av José Machado

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  • av José Leon Machado
    218,-

    Século I da nossa era. Um jovem desce do seu povoado e vai trabalhar para uma vila perto de Brácara Augusta, a cidade que os Romanos construíam num outeiro. Na vila, o senhor lia Cícero nos intervalos da sesta, a senhora passava horas ao espelho a disfarçar as rugas com unguentos fenícios, o filho ia para os lados do Catavo encontrar-se com a amada - uma nutrida indígena que conhecia as artes de encantar bois -, e a filha dava passeios com o jovem brácaro pelos limites da vila, os cães atrás a cheirar toca de coelho. Poderia um Brácaro aprender latim, namorar a filha de um Romano e servir nas legiões do imperador sem esquecer a sua origem? História de amor, história de desespero pontuada de condescendentes sorrisos às coisas que o céu cobre sob o impassível olhar dos deuses.

  • av José Leon Machado
    177,-

    "Voltou a moda das gravatas às florinhas e dos fatos à "Boss". Qualquer farroupilha esbanja pela imagem. Todos lutam pelo status cada vez mais, todos querem ser patrões, mandar.Eu não desgosto das gravatas nem dos fatos. Acho-os estéticos. Porém, não os uso, primeiro porque não são nada baratos, segundo porque ainda sou novo para andar de garganta entalada, terceiro porque não preciso de me fazer à imagem. Sou o que sou, não o que pareço.É na camada mais jovem dos homens - já nem falo das senhoras -, entre os vinte e cinco e os trinta e cinco anos, que o uso desta indumentária, inventada há dois ou três século em Paris, tem vindo a aumentar. As calças de ganga já são parolas, com cheiro a pobreza. As casacas e outras alfaias afins, do mesmo modo."

  • av José Leon Machado
    271,-

    O padre da Gralheira aparece morto na cama em Dezembro de 1943. O sacristão chama o regedor, autoridade policial da freguesia, que toma conta da ocorrência. Este procede a uma série de averiguações que vão fazê-lo ponderar na hipótese de se tratar de um crime. Vem a saber que o clérigo tinha como amante uma mulher casada. O marido, um rico proprietário que frequentava amiúde um bordel, poderia tê-lo mandado matar por despeito.Tudo se complica, porém, quando o regedor descobre que o clérigo era receptador do volfrâmio roubado da mina explorada por uma companhia alemã e suspeita que o crime, se o houve, não fora cometido por questões de honra, mas por dinheiro. Entretanto, luzes estranhas vistas durante a noite adensam um mistério que vai sendo mal interpretado.Sobre a aldeia, retrato de um país atrasado e rude, paira a ameaça da guerra. A ela se devia a periclitante situação económica vivida pelos mais pobres, com o racionamento dos produtos essenciais, as requisições obrigatórias das colheitas pelo Grémio, a revolta das populações e a repressão do governo.A ex-amante do padre, carioca transplantada para os nevoeiros da Gralheira, dá um ar de graça à história, vivendo amores, incentivando-os e protegendo-os. É ela a verdadeira heroína, que contrapõe o amor à guerra e aos interesses mesquinhos dos homens. Este é um romance de mistério, onde afinal o único mistério, num confronto directo com a literatura da moda, é não haver mistério nenhum.

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