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Um olhar panorâmico sobre a história das culturas e religiões antigas permite perceber que o exercício comumente chamado de ¿exame de consciênciä é encontrado em diversas religiões e filosofias do mundo antigo. Na história da espiritualidade, o exercício do exame de si mesmo é peça fundamental para o crescimento e amadurecimento espiritual e de singular importância no processo formativo das vocações religiosas e presbiterais. O lugar e a importância teológico-espiritual do exame de si mesmo são reafirmados à luz da experiência de Santo Inácio de Loyola, um dos maiores exercitantes e difusores do chamado ¿exame de consciênciä. Segundo o ensinamento de Inácio, para qualquer pessoa o exame de si mesmo pode ser fonte de crescimento espiritual e apostólico. Nesta obra, o autor acompanha o desenvolvimento da prática e da compreensão do exame de consciência da Antiguidade até a época de Inácio, elabora pistas de interpretação e de atualização do valor do exame de si mesmo e colhe os elementos de maior importância do legado de Inácio para todos os cristãos.
¿Este comentário teológico-espiritual de Padre Adelson nos faz perceber a estreita relação existente entre a Exortação Apostólica Pós-Sinodal ¿Querida Amazôniä e o Documento Final aprovado pelos padres sinodais. Neste livro, o leitor compreenderá que promover a Amazônia, conforme explica o Papa, não significa colonizá-la e depredá-la com políticas extrativistas em grande escala, as quais destroem o meio ambiente e ameaçam as populações indígenas. Não se trata de mitificar as culturas autóctones ou de excluir a priori a miscigenação, nem de cair no discurso que ¿se preocupa com o bioma, mas ignora os povos amazônicos¿. O autor expõe que identidade e diálogo são duas palavras-chave para Francisco, não sendo de modo algum contrapostas. A proteção aos valores culturais das populações indígenas diz respeito a todos nós: devemos sentir-nos corresponsáveis para com a diversidade de suas culturas. Ademais, o leitor perceberá que das páginas da Exortação do Papa emerge com grande clareza a perspectiva cristã, que se distancia tanto de um indigenismo fechado quanto de um ambientalismo que considera os seres humanos a ruína do planeta.¿ (Cardeal MICHAEL CZERNY, SJ)
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